12 de dezembro de 2012

Vestida de nudez

Ontem vesti-me de negro
Negro escuro como carvão
Preto seco envolto em escuridão
Para me fundir no horizonte

Saí à rua Nua de sentir
Nada importa!, acordo só para servir
Já não sei quando vibrei de rompante
Por um olhar intenso, penetrante!

A memória esfuma-se distante
Do estar vivo para querer amar
Um homem, voluntariamente...
No tempo certo, estar e acreditar!

Foge em sonhos nunca sonhados
Pelo que a natureza não me traz
Em dias quentes ou até gelados
Nascer de mim uma paixão de paz!

A chama brota do fervilhar de dentro
No ímpeto eterno do momento
Unido pela devoção dos sentidos
No deleite de vazios preenchidos

Hoje vesti-me de transparente
Transparente como a harmonia
Para seguir em frente
E poder tocar a magia

Amanhã...
Amanhã talvez me vista de Estrela
E brilhe na passagem como a Cinderela...