27 de agosto de 2014

Se o mar te falasse..

Como se o mar talvez te daqui levasse...
levasse o corpo ou até te encharcasse...
a alma num imenso oceano de água fria
Oceano de dor que até aqui te trazia

Fustigado pelos ventos, em areias adormecidas
Enterraste as mãos num pedido escondido
E afogaste teus olhos nas águas macias
Numa mesma praia, sem corpo vestido!

Vestes apenas tu...
Com esse fato negro escuro de cegueira
Num corpo sem forma trespassado pela claridade
Quase abandonado pela alma, já sem piedade!,
Definas como a erosão de uma rocha costeira

Ninguém quer reparar quando a desgraça magoa
Ninguém parece sequer saber que ali um homem sofre só
Talvez nem num único pensamento te soubesses pessoa
Ou que há sempre quem "reze" por nós!

Nada nem ninguém saberá o que ate aqui te traz
Ou o que trazes em ti que te roubou toda a paz
Mas cada Ser tem por direito uma nova porta, merecida!
Desejo que a tenhas atravessado com vida!

26 de agosto de 2014

Não sei...

Não sei...
Duvido do que quero
Quero o que não sabia
Não sei se quero o que queria
Ou se deixei de querer o que já quis
Talvez não saiba querer o que tenho
E tema não conquistar o que quero

Não sei....
Talvez apenas queira
Um querer que tudo se tem
Num estar de querer livremente
Sem querer estragar de contente
De quem tudo tem, na verdade
A partilha, e se queira sem ser metade!