7 de junho de 2012

Meu Sonho, Sonhado!



O esplendor da beleza que se esconde
Neste recanto da Terra
Fascinando qualquer lenda
Traz Vida, encanto, um refúgio em cada monte
Enchendo as gotas de orvalho com toda a sua riqueza
As nascentes que rompem prados refletem pureza
Num espectáculo que dita à alma uma intensa sede
E que não se sacia em nenhuma fonte

Todo o tempo que por aqui se vive é sagrado
Não se procura no pensar a matéria que daqui nos distancia
Aproximamo-nos da divina essência que tudo presencia
Num chip de consciência profunda de registo gravado

Cada planta, ribeiro ou criatura
Arrepia-nos a pele e fica o sorriso no olhar
Se seguirmos, com respeito, nossos pontos de Luz
Cada célula, átomo se preenchem de ternura
Num amor incondicional que seduz
No transpirar de energia Pura
Transformando-nos de dentro para fora

Houvesse quem te contemplasse num momento assim
Tornava-se ainda mais real, descrito no tempo sem fim
Saúdo a harmonia deste (re) encontro
Tocando o musgo ainda, pela manhã, humedecido
macio, leve com cheiro da terra molhada
Num microclima oferecido, minuciosamente esculpido

Sirvo-me do dorso da árvore onde descanso agora
Sinto-me finalmente em casa, na minha morada!
Ainda enternecida pelo perfeito cenário
Pousa em meu enlace sua Majestade Real
Creio estar abençoada, desde este instante
Quero, mais que tudo, guardar isto num Postal!

Observas-me com o teu olhar penetrante
Podes confiar, nada tens a temer!
Arrasto-me num movimento lento, quase flutuante
Para não esboçar nenhum gesto que faça deixar de te ver
Tento focar-te na minha cãmara, de mão a tremer
Espera! Não voes, permanece por um instante

Num querer tão absorvido que quase me esgana por dentro
Imploro num grito surdo, telepático
De postura forte, ar altivo remas com asas ao vento
Saltas de um penhasco como se este jamais fosse estático
Gelo por dentro, perdi A oportunidade
De guardar a melhor visão que jamais poderia alcançar

Fecho os olhos de impulso, assustando-me em vão
No teu voo de rasia como que em invasão
Dispara a adrenalina do teu impeto súbito
E em acto involuntário enrolo-me como um embrião
E segues direita a mim, sem qualquer hesitação
Aterrando em meu ombro, numa plenitude, de hábito

Sem esperares nada em troca, agitas a emoção
És um ser sábio completamente selvagem
Que te fez vir até mim como uma miragem?
"Sou mensageira da tua verdade
Estarei aqui para despertar a tua espiritualidade"
E por tua opção juntas-te ao meu Ser
Numa forma de sobreviver em nada igual
Unindo-nos um amor tal....
Sentido na mais plena forma, chegado para fortalecer!











Encho o peito de ar
Sinto o dia diferente
Sei que tenho a capacidade de mudar
E olhar o mundo de frente

Acredito ter as respostas
Conforme as peço com gratidão
Sigo com menos pesos ás costas
E avanço sem ler o meu Guião

Sei que se me abrir a luz entra
Se for serena atraio a Paz
Sei que não é facil mas sou capaz
De viver o mundo no ritmo, numa passada lenta

Para todos desejo o melhor
Daria o que tenho para os ver sorrir
Nem sempre nos outros podemos interferir
Temos que viver com essa Dor,

Nada adianta querer ajudar
Quem não pediu o nosso auxílio
Tornan-nos até presunçosos no Dar
..Cada um tem que encontrar o seu júbilo

Estou aqui para quem Me quiser
Espero calma no meu melhor Viver
Chama-me que irei logo que puder
Amo-te desde já, ainda sem Te conhecer!

Ancorar no infinito











Navegante da Incerteza
Errante na passada
Um farol sem leveza
Ilumina com frieza
O barco rumo ao cais
Vai para porto sem abrigo
Não lhe importa os seus iguais
Perdido no tempo, algures num Domingo...

Esconde a Proa no decidido mergulhar
De todos os que esquecidos lá ficaram
Onde em cima tudo parece cintilar
Ali não o encontram, só se for uma bela Sereia

Pode enfim sossegar e recolher as velas
Espera até afundar assente na areia
A madeira irá inchar até começar a rachar
Servindo de refúgio em suas fendas

Encontrou ali o seu procurado Propósito
Parado, ancorado, auxiliando outros, enquanto o mar deixar!