15 de setembro de 2012

Choro em Coro

 
 
Menino do Coro envolto por minas
Nas amarras do além de se querer
Perdido num lugar cheio de chamas
Onde se sente esquecido num poço sem fundo
 
Desejas o reconhecimento do mundo
Desabas, contantemente, num choro cantado,
Pelo desconcerto em que te vês cansado,
Na mesma melodia de um anjo caído, angustiado
 
Menino do Coro envolvido em tristeza
Exiges, sem pedir, viver por mim
Por quem se quer tornar parte do todo
Numa fase que dura e perdura sem um fim!
 
Não há calor nesta guerra cívil a dois..
O Sol não chega para aquecer, nem antes ou Depois!
Os corpos esfriaram nesta saga de sangue
Ninguém tem força para viver ou seguir adiante.
 
E este dorido presente não estimula só chateia
Ninguém se orienta, só bloqueia
Nem neste dia de calor de Verão traz vida ou Luz
Apenas reflectimos a ira que já nos traduz!
 
Menino do Coro de voz bem afinada
Inteligente e cheio de respostas com vivacidade
Trazes nas palavras a declaração da tua verdade
Numa ânsia ansiosa que esfaqueia de ponta afiada!
 
Cortas o elo remendado em trapilho
Vezes e vezes sem conta rematado!
Na capacidade de recuperar o dano causado
Mal curado, não sarado, só levemente tapado..
 
Menino do Coro de um Coro passado
Tens saudades de tanto,..falhámos demais...
Não sei como fazer esquecer o reprimido e recalcado
 
Ambos sabemos ser curta a vida não haverá muito mais...
E que o amor não chega, não nos tem alimentado
 
Sê feliz onde estiveres, ou voa à superficie
Acalma esta ruptura iminete
Acalma a alma que chora em coro
Vai lá fora e canta no presente
Q´esta guerra não é nossa, é d´outra gente
E escuta-me no silêncio desta fossa
Onde, estendida, fui mordida por uma serpente
Que me sufoca e não me deixa sequer respirar!
  

1 comentário:

Separatista disse...

música ajudar-me-á sempre a preencher os silêncios inquietos do meu espírito... Canto todos os dias da minha vida para ti... Minha luz, meu olhar... Meu amor...

Beijo

Teu Pedro