Sinto no olhar as cheias desta tempestade por anunciar
No coração a dor de quem não pode escolher o que quer
Estou amarrada numa prisão ao ar livre sem me mexer
Doem-me os cotovelos de me arrastar, não mais consigo
avançar
Estou tão triste de só que nem comigo quero mais estar
Não desta forma, dependente de todos os outros para ter
O essencial que é meu por direito, o facto de poder viver!
Falam-me para viver e a vida aproveitar
Frases feitas que nada me ensinam só revela, de forma vasta
O quanto deslocada estou de onde devia estar
E me torturam nesta fossa de lágrimas que me desgasta e
agasta!