27 de janeiro de 2009

És o ar que respiro!

Sinto o que vejo mas não partilho tudo o que sinto
Sofro com uma civilização construída em muralhas de betão
Duvido das acções dos meus semelhantes anónimos
Tento encontrar uma razao para não julgar
Procuro ajudar e não encontro um começo real

Acredito ingenuamente que um dia tudo mudará
Procuro começar por mim numa mudança desigual
Escolho o refúgio da necessidade desprotegida
Quero envolver toda a pureza extinguida

Cortam-se árvores centenárias
Espalha-se o sangue
Espeta-se a carne
Mata-se por prazer

Necrófagos arrogantes
Escondem a cara numa sociedade perdida
Levantam as armas apontam gloriosos
Sou o dono deste mundo gerado
Pensas em ti so tu interessas! E ainda dizes:
Seres andantes criados para minha satisfação!

Sofre a natureza sofro eu e talvez tu um dia
Muda depressa
Respeita
Protege

Respira o ar
Sente a força da terra
Ouve a sua frequência
a energia existe!

Acredita que todos os seres vivos sentem como tu!

...à deriva com palavras...Emoções definidas criam barreiras...


Devoras as amarras que te prendem
Soltas-te de um beijo comprometedor
Devias-te de um olhar singelo
E entras em fuga ao destino

Provocas a serena eternidade
Moves-te numa passada incerta
Com a falsa esperança de alcançares
A plena consciência dos sentidos

Voltas e voltas e tornas a recuar
No tempo que já foi perdido
Sem percepção do óbvio
Num espaço por ti criado

O tempo surge enganado pelo medo
Num bocejo distraído
Corre a possibidade contra a vontade
Numa existência premeditada

Bloqueia o pensar e o passado
Numa mão emprestada
Sente a naturalidade dos actos
Como o feixe de um raio adormecido

Aprende num todo, partilha o sorrir
Crê na alvorada que se segue
Não existe perdão senão o sentido
A alma corrói quando abandonada

Não julgues, não racionalizes
O que de ti advém é aceite
Equilibra a chama e une-te a mim
Não há maldade no pensar ao agir.

26 de janeiro de 2009

Para ti...


Eu estou aqui...


Vivemos na escuridão
Procuramos a perfeição
Perdemos a esperança
porque abdicamos dos valores


Palavras largadas sem sentimento ou calor
Queimam como papel os laços de amor


Quero encontrar-me
Quero encontrar-te


Sei onde estás
Só não sei para onde irás

Procura-me de longe
Sente-me de perto


Eu estou aqui,
Olha bem que encontrarás!