Outrora procurámos a razão para existir
Dando voltas incertas para nos encontrar
Ausentes de clareza de espírito e consciência
Acreditámos conhecer a verdade da essência
Daqueles que julgamos, em nós espelhados
A vida surge efémera, sem nenhum Norte
Quando a alma se acorrenta ou se esconde
Num retiro sem luz, fechada num forte
De janelas cerradas; Introspectivo, escuta atento
E resgata a tua chama para te guiar no relento!
Queremos adormecer para despertar em levitação
Sem sequer termos sonhado com o ser (-se) pleno
Desconhecendo a sensação de tocar ao leve no feno.
Afastámos de dentro de nós a missão!!
Que partido do prazer tiramos assim da vida?
Sem contemplar a Primavera que floresce na partida?!
Cada estação tem seu tempo escondido
Cada vida tem sua história aprendida
Em cada pessoa sua voz, uma visão
Um trajecto, um destino para uma pauta nascida
Cujos traços aguarda em folha vazia de revelação
Podemos mudar, parar ou lutar a riscar
Porque o que em nós se manifesta
É para ser escutado, transmitido à orquestra
Onde o maestro almeja, e todos o seguem
Na batida sincronizada ao que vem...
A verdadeira melodia de sorriso de arrepiar
Tudo muda no instante em que cala o som da razão
E nos é permito ter autoria na nossa própria canção!
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