6 de novembro de 2012

Metamorfose



Em rascunhos de um papel encarquilhado

Escrevo sem detalhe de uma letra trabalhada

Rabisco e corrijo, repito até ter um monte amachucado

No desejo de apresentar uma escrita requintada



Por entre o pensar ao desenhar traços e riscos

Ficam palavras novas a fervilhar

Desta mente inquieta que muito quer expressar

Um misto de tristezas e de imprevistos



Relatam a vida como um livro indiscreto

Sem um conteúdo ideal, mal marginado

Duvidoso, com irregularidades nada concreto

Simplesmente alcançado e concretizado



Nas utopias me perco em idealizações

Até trazer à tona curiosidades minhas e alheias

Em pedaços brancos de celulose com imperfeições

Acarinhados pela impaciência destas vivas ideias.


 


30/09/2012




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