Escorreguei em trapos despidos de ti
Sofri no chão perante a queda do perder
Derramei sangue na esperança que não vi!
Tudo tem um começo, um meio e um fim
Logo este cruzeiro iniciou marcha sem mim!
Resgatei-me desta praia agora isolada
E agarrei-me a uma âncora que me foi lançada
Em consciência vejo o céu em seu lugar
Nesta ondulação entre a terra e o mar!
Na tristeza dos dias há muito me esqueci
Que não tenho para onde ir, mas não quero ficar!
Saio neste porto anónimo, aguardando um apoio
De um ombro amigo de quem o partilhar..
E sigo de bagagem, mais pesada, em punho
Até me encontrar na passada da vida
Tenho o mapa guardado sem rascunho
Segui-lo-ei até que me sinta feliz na corrida! 31/11/2012
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