16 de novembro de 2012

Sopro





Sopro de vento esbatido em temperança
Corre o ar frio nas montanhas da mudança
Cresce o negro céu, debate-se em leveza
Sorri de face inteira, és filho da natureza

Sopra o assobia fresco, marca a fase da bonança
Hoje o dia é fado, nasceu de uma criança
Entrelaçam-se os dedos no girar de uma dança
Balança em carinho, é tempo de uma nova aliança

Sopros vindos de bosques, correm prados de lembrança
Em histórias de embalar conquistadas no enlaço de um abraço
Dos que recordam com amor feito em melaço
No cativar o sono no conforto de uma cama em segurança

Sopras os teus medos num respirar desacelerado
Trouxeram-te sonhos acariciados em voz terna
Adormecerás em núvens feitas de algodão acetinado
Amanhecerás descansado, agora és o urso que hiberna.

O anjo da guarda anuncia aqui a sua presença
Quando sussurra num só sopro a melodia da esperança!

Nov/12

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